Lá está Bruno no banheiro tomando um delicioso banho, é de noite e ele vai dormir. Ao sair ele coloca o seu pijama. Após isso, ele desliga a luz da lavanderia, do pequeno corredor que há ali, da cozinha e então o da sala, deixando apenas a luz do luar invadir a cozinha e o corredor que está ligado a cozinha, no final do corredor há um espelho. Ao sair da sala ele
passa na frente do espelho e se depara com alguém, um indivíduo entre o espelho e Bruno, o homem se assusta e grita:
passa na frente do espelho e se depara com alguém, um indivíduo entre o espelho e Bruno, o homem se assusta e grita:
- Um invasor!!! Aaaaaaaaaaahhhhhhhhhh!!!
Ele pega alguns copos, pratos, potes de vidro e começa a jogar no invasor, em seguida ele sai correndo pra fora gritando, da um olhada na casa e sai correndo pra rua deserta, só que não totalmente deserta pois ele está sendo seguido, Bruno tenta ver quem é mas não consegue, as luzes urbanas não conseguem iluminá-lo o suficiente, com medo ele diz:
- Quem está aí?
Tudo fica um silêncio, o invasor some, ele se apressa e o invasor volta a segui-lo, o homem entra numa delegacia, vira pra trás e não vê mais ninguém:
- Pois não senhor? - Disse a policial.
- Ah é, eu vim dar uma queixa! - Disse Bruno assustado.
- Uma queixa, o que foi que aconteceu?
- Um maluco invadiu minha casa!
- E quando isso aconteceu?
Ele se irrita e diz:
- Agora!
- Que horas são agora? Meia noite e trinta e um. - Disse ela checando o relógio, ela anota e diz: Seu CPF.
Ele passa a mão pelo calção e se assusta.
- Minha carteira! Ele roubou minha carteira!
- O senhor sabe pelo menos o número do seu CPF e do RG? - Disse a policial um pouco preocupada.
- Hã sim! 987456123.
- Esse é o número do RG ou CPF?
Ele olha, fica estátua alguns segundos, pensa e diz:
- Ai...ai...eu não seeeeeeei! - Disse o pobre Bruno agonizado.
- Ai... - Disse a policial sem saber o que fazer. Em seguida, o invasor aparece alguns metros longe da porta parado olhando parado para Bruno, ele grita e a policial pergunta:
- O que houve? O que houve?
-O invasooor! Ahhhhhhh... - Disse ele sem acreditar porque era um sargento entrando na delegacia, a policial aliviada se levanta e diz:
- Ai sargento ainda que o senhor chegou! Esse cidadão teve a casa invadida por um homem e foi perseguido pelo mesmo até aqui, só que ele não tem o RG e o CPF para que eu possa registrar a queixa!
Como se fosse dar uma péssima notícia o sargento diz:
- Olha...
Bruno se ajoelha e começa a implorar em tom de choro.
- Por favor me ajude!
- Okey, me siga. - Falou o sargento sériamente convencido.
O sargento o leva até sua casa com o camburão. Eles estão dentro de casa e Bruno está indicando o acontecido e respondendo as perguntas do sargento. Em seguida, a autoridade diz:
- Hum... vou trazer os homens pra averiguar o que aconteceu! - Disse o sargento em um tom normal.
Horas se passam, os homens estão averiguando toda a casa e terreno do Bruno, são muitos os que estão analisando a casa dele e a deixaram cheia de faixas. A madrugada já está acabando, são 6 da manhã e o céu já azul, o pré-nascer-do-sol deixa o belo horizonte e qualquer outra coisa alaranjado. Os policiais ainda procurando provas e pistas. Enquanto o sargento e Bruno estão conversando parece que sobre o ocorrido vem um policial frustrado com a voz um pouco fina e esganiçada, o sargento pergunta:
- E então?
- Nada. Não achamos provas e nem pistas de quem foi o invasor.
- Hum, esse bandido é bom! Bruno, pode nos acompanhar novamente até o local do ocorrido?
- Sim!
Bruno os leva e ele fica na frente do espelho com o pijama que está usando desde então, os policiais o analisam e...
- Ai sargento... nada! - Disse o policial da voz fina.
O sargento pergunta:
- Bruno, qual era a roupa que o bandido estava usando no momento?
- Bom, ele estava usando chinelos, um calção verde claro e uma camisa rosa claro quase um cor de pele que nem o meu pijama.
- Hum...
- Nós já... - Os policiais começam a conversar entre si, enquanto isso, o sargento começa a pensar, enquanto pensa ele arregala os olhos e nota o reflexo do pijama do Bruno no espelho e rapidamente olha pro pijama, olha pro reflexo do pijama e depois pro pijama. Com o olho ainda arregalado e com a voz trêmula ele diz:
- Caso encerrado!
Todos olham pro sargento e Bruno diz:
- O quê? - Disse ele em um tom normal.
- O bandido é você!
- O quê?!
- Você disse que o bandido estava usando um calção verde, chinelos e uma camisa rosa claro que é exatamente como você está, você passou na frente do seu espelho e viu o seu reflexo, como estava escuro você pensou que o seu reflexo era um invasor.
Sem mostrar muita reação, Bruno diz:
- Aaaaahhhh...
- Agora vamos!
- O quê? Não! Pera!
Assim que os policiais saem da casa, Bruno se intromete no caminho dele e pergunta:
- E a perseguição?
- Era eu...indo pra delegacia! - Falou o sargento sériamente.
- E quanto a carteira que estava no meu bolso?
- Desde quando seu pijama tem bolso?
Ele fica sem palavras, olha pro pijama e depois olha pra onde estava olhando e novamente, sem mostrar muita reação ele simplesmente diz:
- Aaaahhhh...
Os policiais foram. Horas se passam, já é de noite e Bruno já está tomando banho. Em seguida, ele desliga a luz da lavanderia, do corredor, da sala e da cozinha, só a luz do luar, Bruno pega um copo d'água e se depara com alguém, desta vez um invasor de verdade, ele o olha de baixo para cima e diz:
- Eu não vou cair nessa de novo!
Canal Desenho (08/12/2014) Wesley C. Souza
Nenhum comentário:
Postar um comentário